Firocoxibe para cães com osteoartrite
É crescente a demanda de tratamentos em animais senis. A osteoartrite é uma doença relativamente comum em cães idosos e, nesse caso, o tratamento é basicamente de suporte para dar qualidade de vida ao paciente. Podemos entrar com diferentes abordagens, desde medicamentos tradicionais como os anti-inflamatórios não esteroides (AINES), até nutracêuticos, acupuntura e outras terapias adjuvantes.
Como foi mostrado na videoaula “Analgesia – AINES” da webserie Anestesia é o Básico, os novos AINES são vendo selecionados para atuarem mais em COX-2 do que COX-1, o que lhes garante maior segurança no tratamento, diminuindo as chances de promover efeitos indesejáveis.
Em um interessante estudo de Autefage et al. (2011), os autores verificaram a eficácia no uso prolongado de firocoxibe em cães com osteoartrite. Esse tratamento foi continuado por 1 ano (!), sendo os animais medicados com 5mg/kg PO, diariamente. Detalhe: os animais não receberam nenhum outro tratamento associado.
De acordo com os resultados, em apenas 15 dias 80% dos animais já apresentaram melhora considerável no quadro clínico. Essa porcentagem foi melhorando gradativamente, mas convenhamos, a melhora foi bem rápida na maioria dos animais! Apesar dessa melhora, não foram observadas mudanças no padrão radiográfico dos animais. Não foram observadas diferenças na PTT, ALT, AST, pH urinário e razão proteína urinária/creatinina. A concentração de ureia e creatinina aumentaram um pouco, mas ficaram dentro dos limites aceitáveis para a espécie.
Tudo bem então? NÃO! Foram observados casos de êmese em 1% dos dias tratados e diarreia em 2%. Haaa, tranquilo! Não também! Um animal veio à óbito com perfuração duodenal, decorrente de sobredose de firocoxibe. O responsável administrou o dobro da dose no animal… ENTÃO, não podemos esquecer que os Coxibes são excelentes para o tratamento a longo prazo, mas também promovem efeitos indesejáveis, caso sejam administradas doses elevadas!
Voltando ao resultado analgésico, temos que destacar que foi excelente. Imaginem só se os animais recebessem alguma terapia consorciada, como nutracêuticos, fitoterápicos, acupuntura… Estariam muito melhores! Acesse o artigo para ler na íntegra!
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