Escala facial de dor em coelhos
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Certa feita, estava eu em uma reunião de um CEUA, em uma Universidade… Em um dado momento questionei o número de camundongos nos grupos experimentais. Acho que eram 20 animais por grupo, num total de oito tratamentos (não me lembro com precisão…). Após a minha fala fui surpreendido com a resposta de um dos membros, a qual foi (essa eu não esqueço!): “Adriano, fique tranquilo, camundongos temos bastante no biotério! Se fosse coelho aí sim daria problema.” (HÃ???)
Bom, hoje vivemos tempos diferentes (ainda bem!), e o estudo da dor em animais está sendo “democratizado” entre as espécies. Obviamente todos os animais sentem dor, a questão é como identificar.
Esse artigo selecionado (Keating et al., 2012), que está alinhado com a videoaula “Fisiopatologia da Dor”, do curso “Anestesia é o Básico”, propõe uma escala facial de dor em coelhos. Ela foi montada baseando-se no posicionamento das palpebras, bochechas, formato do nariz, posicionamento das vibríssas e das orelhas. Como nós comentamos na videoaula, não há nenhuma menção aos parâmetros fisiológicos!
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The Rabbit Grimace Scale with images and explanations for each of the 5 facial action units (FAU); orbital tightening, cheek flattening, nose shape, whisker position and ear position. Each FAU is scored according to whether it is not present (score of 0), moderately present (score of 1) and obliviously present (score of 2).
Ainda que as escalas faciais de dor tenham os questionamentos, elas estão mostrando que é possível determinar dor em animais sem que sejam tocados, inclusive podendo ser avaliados remotamente. Com certeza é um avanço no Reconhecimento da Dor em Animais!
Referência
Keating et al., Evaluation of EMLA cream for preventing pain during tattooing of rabbits: changes in physiological, behavioural and facial expression responses. Plos One, 2012. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0044437
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Ótimo post! Desconhecia esse trabalho.. podia deixar o link para o artigo ou pelo menos a referência completa 🙂
Oi Karina, que bom que gostou do post! O artigo tá lá, como link, mas deixei a referência no final e o link aqui também ok? É da PloOne, link free – https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0044437
Abraços!
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